segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Orlando Silva é aplaudido de pé

Depois de deixar o cargo na semana passada em meio a denúncias de corrupção, o ex-ministro do Esporte Orlando Silva foi aplaudido de pé ao discursar na cerimônia em que entregou o cargo ao sucessor Aldo Rebelo. No ato organizado para dar posse ao novo ministro, no Palácio do Planalto, Orlando Silva voltou a negar as acusações de que teria recebido propina referente a supostos desvios em convênios com organizações não-governamentais.

"Eu fico feliz de olhar para minha mãe, para minha esposa , minha filha e à senhora, presidenta, e dizer: eu sou inocente", disse Orlando Silva, referindo-se à presidenta Dilma Rousseff, presente na cerimônia. "Eu fico feliz de poder olhar e dizer, eu sou inocente. Os dias vão passar, evidências vão surgir e a verdade vai prevalecer", afirmou o ex-ministro.

Na cerimônia, Dilma errou o nome de Aldo Rebelo ao indicá-lo como novo ministro. A exemplo do que fez em outras ocasiões, a presidenta conferiu ao deputado o sobrenome "Rabelo". A confusão em geral é associada ao fato de o presidente do PC do B, partido de Aldo e Orlando Silva, chamar-se Renato Rabelo.

Orlando Silva agradeceu o apoio de todos os segmentos envolvidos na atuação da pasta e aproveitou para prestar homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diagnosticado no fim de semana com um câncer na laringe.

Orlando Silva deixou o Ministério do Esporte na semana passada, após o governo avaliar que o desgaste político decorrente das denúncias havia se tornado insustentável. O caso ganhou força após a revista Veja noticiar que o então ministro teria recebido propina na garagem do prédio que abriga a pasta. Orlando Silva negou todas as acusações e disse ter optado por deixar o cargo para se defender.

Dilma escolheu o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) como substituto no comando da pasta. Aldo, que foi relator do Código Florestal na Câmara, conseguiu construir pontes com a CBF e com representantes da oposição graças a sua atuação no Congresso Nacional.

Último Segundo/ Agência Estado



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