quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Primeiro funcionário da Chevron não aparece para depor na Polícia Federal no Rio


O advogado do primeiro funcionário da Chevron a ser ouvido para prestar esclarecimentos sobre o que pode ter causado o vazamento de petróleo na bacia de Campos e as providências que teriam sido tomadas para contê-lo compareceu hoje (23) à Polícia Federal no Rio de Janeiro e pediu reagendamento do depoimento. O funcionário está entre os sete que a PF pretende ouvir até sexta-feira (25). O motivo do pedido não foi divulgado, e a Polícia Federal não confirma quantos ainda devem ser ouvidos nesta quarta. Entre eles estão membros responsáveis pela perfuração do poço e integrantes do corpo gerencial da empresa para depor sobre a suspeita de que empregados da empresa não teriam visto para trabalho no país. A Chevron já negou que haja funcionários trabalhando no país de forma ilegal.

No início da semana, o delegado Fábio Sclair, que coordena as investigações, disse que os funcionários foram intimados na condição de “suspeitos”. Se considerada culpada e condenada, a empresa será proibida de celebrar contratos com o Estado brasileiro por até cinco anos. Ontem a Defensoria Pública da União abriu procedimento para cobrar indenização da empresa pelos danos causados ao meio ambiente.
A Chevron pode ter de desembolsar mais de R$ 260 milhões relativos a multas e processos a que irá responder por conta do vazamento de petróleo. A única multa confirmada é a de R$ 50 milhões, aplicada pelo Ibama na segunda-feira (21) e que tem até 20 dias para ser liquidada. Além disso, a empresa corre o risco de ser ver proibida de participar da exploração da camada do pré-sal, segundo estuda a Agência Nacional de Petróleo.
O vazamento
O acidente na Bacia de Campos ocorre pelo menos desde o dia 8 deste mês. As informações sobre o volume do vazamento ainda são estimadas. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), teriam sido pelo menos 3.000 barris de petróleo derramados. Já a Chvron fala em 2.400 barris. Ainda segundo a ANP, a fonte primária do vazamento está controlada, mas há uma exsudação (transpiração) sendo observada num ponto com pequeno fluxo.
A última observação divulgada pelo grupo de monitoramento composto por Marinha, Ibama e ANP dá conta de que o petróleo derramado continua diminuindo e se afastando do litoral. A mancha, que já chegou a ter 160 km² de área, teria na observação da segunda-feira por volta de 6 km de extensão e 2 km² de área.
Segundo o secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, no entanto, boa parte do petróleo que vazou ainda não chegou a superfície. Esse óleo pode se empelotar e, em formas de bolas de 'piche', acabar chegando a algumas das praias da costa fluminense e paulista.


UOL Notícias


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