quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Secretário de segurança descarta fuga de traficantes do RJ para o ES


Os capixabas se sentem desprotegidos com os números de assassinatos, tiroteios e balas perdidas que acontecem diariamente no Estado. De acordo com a polícia, só em 2011 foram 14 toques de recolher impostos por traficantes. O secretário Estadual de Segurança Pública, Henrique Herkenhoff, disse em entrevista ao Bom Dia ES na manhã desta quarta-feira (16), que não há motivos para alardes e que o governo tem o controle da situação. O secretário acredita que não haverá fuga em massa dos traficantes do Rio de Janeiro para o Espírito Santo. "Um ou outro pode até ser, mas em massa não. A lógica não é ficar o policial plantado na divisa tentando adivinhar quem é criminoso ou não". Ele destacou que a inteligência da polícia do Espírito Santo trabalha em conjunto com a polícia do Rio de Janeiro. Segundo o secretário, no estado trabalham aproximadamente 10 mil policiais, e esse número deve ser reforçado até o final de 2011.


Henrique Herkenhoff fez algumas comparações às ocupações feitas no Rio de Janeiro e destacou que a situação do Espírito Santo é diferente. "Nós temos o controle territorial, a polícia entra e sai de qualquer lugar do estado sem necessidade de aparato. Outras soluções para combater o tráfico devem ser encontradas para nossa realidade. Aqui existe um enfrentamento da violência permanente e por isso nenhuma quadrilha conseguiu se instalar", diz o secretário de segurança.
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Para o secretário de segurança, o sistema de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) utilizado no Rio de Janeiro prevê a ocupação do território para manter o controle, mas não significa que a ação vá prender os traficantes. "Aqui no estado a nossa intenção é diferente. Procuramos buscar os criminosos, principalmente os mais violentos, aqueles que estão cometendo vários homicídios em série. Realizamos operações integradas com Polícia Civil e Militar para prendermos os criminosos. Isso que faz diferença para a comunidade", explica.

Herkenhoff foi questionado se entraria em morros perigosos do estado, Jaburu e Piedade, sem reforço policial e disse que não teria problema nenhum. Mesmo com moradores dizendo que nesses lugares só se entra com autorização de traficantes. "É claro que tem um risco, mas eu não teria dificuldades. A solução para esta situação é diferente da adotada no Rio. Lá é uma operação de guerra", completa.

Viaturas paradas
Alguns moradores reclamaram que as viaturas da Polícia Militar ficam paradas durante a noite para economizar gasolina. O secretário não confirmou essa informação e disse que o método usado visa colocar as viaturas em locais específicos, que dão acesso mais rápido ao pontos onde as ocorrências acontecem em maior número.

G1

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