quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Catorze pessoas são detidas após destruição em Porto Seguro (BA)


Catorze suspeitos de participação nos ataques de vandalismo nas ruas da cidade de Porto Seguro, sul da Bahia, estão detidos na delegacia local e devem prestar depoimentos nesta quinta-feira (1°), informa o delegado Carlos Alberto. “Eles estão aqui para averiguações. Foram encontradas nos lugares do crime. Vamos identificar participaram ou não”, explica.No balanço realizado na tarde de quarta-feira (30), dia dos ataques, pelo secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, pelo delegado chefe da Polícia Civil, Hélio Jorge, e pelo subcoronel da Polícia Militar, Carlos Eleutério, foi anunciada a prisão de cinco pessoas. As fontes policiais afirmaram na ocasião que toda ação criminosa foi arregimentada pelo chefe do tráfico de drogas da região, que ainda não foi localizado. Não há registro de pessoas feridas.
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De acordo com o delegado Carlos Alberto, os criminosos utilizaram gasolina para tocar fogo em quatro ônibus, apedrejar dois outros e realizar outros tipos de vandalismos, como a depredação de imóveis comerciais, em sete bairros de Porto Seguro: Combolo, Centro, Orla Norte, Fontana, Paraguai, Frei Calixto (conhecido como Baianão) e Mirante de Caravelas. “Um dos motoristas conseguiu pegar o extintor e saiu pela janela com ajuda de uma pessoa. Eles jogaram gasolina com a porta do veículo fechada”, conta o delegado.Cem oficiais das Polícias Civil, Militar e Federal foram deslocados de cidades vizinhas como Eunápolis e Cabrália para completar o efetivo de Porto Seguro no intuito de tentar prender outros suspeitos, restabelecer a ordem pública e tranquilizar os moradores.
Segundo a polícia, o grupo de traficantes se rebelou por conta da morte de um de seus integrantes no domingo (27) à noite, após ele ter prestado depoimento na delegacia sobre a fuga de um detento, suposto comparsa. A fuga resultou na morte de um policial militar, caso ocorrido no sábado (26).

G1


Porto Seguro ganha reforço de policiamento
Autor: Ascom/Alberto Maraux


Além da utilização de um helicóptero do Grupamento Aéreo (GRAER), o secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, determinou hoje (30), em Porto Seguro, no Extremo Sul da Bahia, que a Polícia Militar reforçasse mais o patrulhamento na cidade, diante dos atos de vandalismo realizados por grupos de criminosos, em represália a atuação policial, na busca do bandido Rivaldo Freitas Oliveira, o “Maicão”, fugitivo do complexo policial local e que assassinou, com quatro tiros, o soldado PM Luís Cláudio Dias dos Santos, 48 anos, no último sábado.

Quatro guarnições da CIPE/Mata Atlântica, duas da CIPE/Cacaueira, uma da CIPRv/Tático Ostensivo Rodoviário de Itabuna, uma da Companhia de Emprego Tático (CETO) do 15º BPM/Itabuna e uma da RONDESP/Ilhéus foram deslocadas para o município, que contarão com o apoio de 30 policiais civis, que irão agilizar investigações e possíveis prisões relacionadas aos atentados.

A ampliação do policiamento visa à restauração da ordem e a tranquilidade no local. Na manhã desta quarta-feira, Porto Seguro sofreu com atos de vandalismo e tumulto, com ônibus incendiados e depredados. “Quem souber a localização do traficante André Márcio de Jesus, o ‘Buiú’, ou de outros comparsas envolvidos nessas ações criminosas, podem denunciar através do telefone 181”, conclamou o secretário.

Barbosa viajou para Porto Seguro ao lado do delegado-geral, Hélio Jorge Paixão, e do subcomandante-geral da PM, coronel Carlos Eleutério Filho, dentre outras autoridades, no início da tarde de hoje (30), com o objetivo de acompanhar mais de perto o trabalho policial.

Descoberto esquema montado para facilitar fuga

As equipes da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Eunápolis) e da 1ª Delegacia Territorial de Porto Seguro descobriram o esquema montado para facilitar a fuga, no último sábado (26), do assaltante Maicão. Quatro pessoas foram presas e um homem, identificado como “Joel Chaveiro”, está sendo procurado. No dia da fuga, o preso Erion Messias dos Santos alegou estar passando mal na carceragem da 1ª DT de Porto Seguro para atrair os policiais até o xadrez. Dois investigadores foram socorrê-lo e, no momento em que um deles abriu a cela, foi rendido por Maicão, com um revólver calibre 38. O outro policial, também rendido, teve a arma roubada pelo assaltante, que fugiu atirando. Na portaria da delegacia, o PM Luís Claudio percebeu a ação e sacou a arma, mas foi atingido pelo fugitivo.

Um homem em uma motocicleta preta já esperava Maicão para lhe dar fuga. Outros presos que vinham atrás voltaram para as celas assim que o tiroteio começou, temendo serem atingidos. Apesar de socorrido, o policial militar acabou morrendo.

Erion, que alegou estar passando mal naquela noite, foi interrogado e afirmou ter sido obrigado por Maicão – cuja arma chegou através de sua mulher Kelly Santos de Jesus, custodiada na ala feminina – a participar da farsa. A polícia já ouviu Kelly, que indicou outras duas presas, “Gorda” e “Edileuza”, como também responsáveis pela arma haver chegado a Maicão.

Em conjunto

Ambas foram interrogadas e confessaram ter agido em conjunto para repassar uma encomenda (um saco de chá, entregue por uma mulher de prenome Tina) para o criminoso. Apesar do peso, disseram não saber que no saco continha um revólver 38. A arma teria sido repassada para as presas por uma abertura na grade de ventilação que dá acesso ao pátio. Gorda e Edileuza foram autuadas em flagrante e vão responder por participação na morte do soldado. A polícia localizou Tina e uma suposta namorada de Maicão, apelidada de “Mari”.

Maicão fora preso logo após assaltar a faculdade onde Mari estuda e fazer uma mulher refém. O envolvimento apura a participação de Mari no assalto, uma vez que as investigações apontam que ela pode ter fornecido detalhes sobre a rotina daquele estabelecimento de ensino. Ela negou fazer parte do esquema para libertar Maicão, embora fosse delatada por Tina, que afirmou ter se encontrado com ela e “Joel Chaveiro” para organizar a ação. Chaveiro teria ficado responsável por conseguir a arma, enquanto Mari providenciaria um veículo para a fuga.

Na última terça-feira (22), Tina e Beto foram até a porta da delegacia e a mulher ficou observando a movimentação na unidade, enquanto Chaveiro entregava o revólver utilizado na fuga a uma das presas pela abertura da grade de ventilação. Tina também confessou ter ficado na porta da delegacia e dado o “ok” a Chaveiro, que avisou a Maicão por celular sobre o momento ideal para o início do plano que resultaria na fuga.

Tina e Mari tiveram as prisões preventivas decretadas e se encontram custodiadas na carceragem da unidade policial. Joel Chaveiro, que mora num sobrado no bairro Baianão, em Eunápolis, ainda está foragido. Tina disse ter aceito participar do esquema por R$ 200, que seria paga por um comparsa de Maicão, conhecido pelo apelido de “Betão”. A polícia realiza buscas na localidade conhecida como “Matinha” desde a noite de sábado, mas não logrou êxito na captura de Maicão.

Secretária de Segurança Pública - Bahia

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